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quinta-feira, 11 de abril de 2019

MONUMENTO À TERRA MINEIRA


MONUMENTO À TERRA MINEIRA 15/07/1930 - escultor Giulio Starace 
Praça Rui Barbosa mais conhecida como praça da Estação - BH/MG - foto Google
José Carlos Serufo, Cadeira 16 - Patrono Paulo Pinheiro Vhagas



Este texto trata de um erro histórico que merece correção... Na Praça da Estação, em Belo Horizonte, vê-se um portentoso monumento encimado por um rapaz portando um estandarte. Ao chegar perto, observam-se quatro belos quadros de bronze representado cenas da formação do estado de Minas Gerais, além de placas com relação de nomes. Esse monumento foi erigido em 1930, e sua finalidade é prestar uma homenagem a Minas Gerais e aos bravos que um dia lutaram pela emancipação do Brasil, razão de seu nome Monumento à Terra Mineira e das nomes dos Inconfidentes gravados no pedestal, a saber: 
Alferes Joaquim da Silva Xavier (Tiradentes) Francisco de Paula Freire de Andrada Antônio de Oliveira Lopes Cláudio Manoel da Costa Domingos de Abreu Vieira Domingos Vidal de Barbosa Laje Francisco Antônio de Oliveira Lopes Ignácio José de Alvarenga Peixoto João da Costa Rodrigues João Dias da Motta José Aires Gomes José Álvares Maciel José de Rezende Costa José de Rezende Costa Filho Luiz Vaz de Toledo Piza Salvador Carvalho do Amaral Gurgel Thomaz Antônio Gonzaga Vicente Vieira da Motta Victoriano Gonçalves Velloso Cônego Luiz Vieira da Silva Padre Carlos Correia de Toledo e Mello Padre José da Silva e Oliveira Rollim Padre José Lopes de Oliveira Padre Manoel Rodrigues da Costa 
Esses são os 24 heróis que lutaram pela nossa liberdade. Acresce que, o Monumento à Terra Mineira relaciona 27 nomes. A causa disso é que houve um erro por parte de quem relacionou os inconfidentes, descoberto por um membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, Adalberto Guimarães Menezes (ocupante da cadeira 72, patroneado por Joaquim José da Silva Xavier). Dois indivíduos, Fernando José Ribeiro e José Martins Borges denunciaram à coroa portuguesa um desafeto como sendo inconfidente. Verificado posteriormente que a denúncia era infundada. Os dois e um escravo foram a julgamento junto com os inconfidentes, o escravo foi absolvido e os dois condenados. Seus nomes constam na mesma peça processual que condenou os verdadeiros inconfidentes. Por ocasião da construção do bloco artístico, o responsável pelo arrolamento dos nomes dos conjurados não observou com a atenção necessária a sentença. A obra em bronze de 1930 é de autoria do escultor e arquiteto italiano Júlio Starace que nada teve com o erro. A parti daí, há vários anos, trava-se uma longa discussão sobre o que fazer, já que os monumentos históricos são preservados por lei. Fato é que o erro está lá e é mister informar aos leitores, historiadores e pesquisadores. 

As informações históricas acima expostas podem ser confirmadas nos "Autos da Devassa da Inconfidência Mineira" na versão impressa em 11 volumes ou no endereço eletrônico http://portaldainconfidencia.iof.mg.gov.br/leitura/web/livros 


Referências: 

Autos da Devassa da Inconfidência Mineira. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1972, 11 Vol. Disponível em: http://portaldainconfidencia.iof.mg.gov.br/leitura/web/livros

Menezes, Adaberto Guimarães. Inconfidentes Mineiros e o Monumento à Terra Mineira. Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. 2015. Jose Carlos Serufo (discussão) 00h23min de 11 de abril de 2019 (UTC)