IRACEMA
JOSÉ DE ALENCAR
Ambientado em torno de 1600 – Romantismo – indianismo.
Iracema, a Virgem dos lábios de Mel, cabelos mais negros que a asa da graúna, era filha do cacique da tribo dos Tabajaras. Sua virgindade era dedicada a Tupã. A pureza garantia a proteção do deus contra os inimigos Potiguares. Mas aparece Martim, o Guerreiro Branco. Iracema jamais vira alguém como ele. Ela o fere com uma flecha, depois o leva para a taba e cuida do ferimento. Ambos não resistem ao amor, causando ciúmes a um jovem da tribo. Num conflito entre as duas tribos eles se isolam numa cabana. Iracema fica grávida. Martim, ao chegar de uma batalha já encontra o filho recém-nascido. Iracema deu-lhe o nome de Moacir (filho da dor), talvez o primeiro luso-brasileiro. Ela entrega o menino ao pai. O parto e os dias seguintes deixaram Iracema muito enfraquecida. Ela não resiste e morre. Martim volta para a Europa levando o filho e outro menino da tribo dos Tabajaras
O romance foi publicado em 1865, mas ambientado em 1608, no início da colonização portuguesa nas terras que hoje formam o Estado do Ceará. Pertence à fase do romantismo na literatura brasileira quando um nacionalismo exacerbado cultuou os nativos brasileiros. Criou-se o mito do bom selvagem, talvez influenciado pelas ideias de Rousseau. Do mesmo autor: Guarani e Ubirajara, também como literatura indianista.
Marilene Lemos, Cadeira 22 - Patrono Mestre Atayde